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Mostrando postagens de maio, 2024

Nota Biográfica: Dr. Miguel de Souza Borges Leal Castello Branco [neto] (1836-1887)

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Dr. Miguel Borges nasceu a 15 de junho de 1836 em Campo Maior, Piauí. Ao que parece, somente em 1847 começou a frequentar a escola, tendo como professor o português José Alves Barbosa, radicado em Campo Maior. Em 1855, em companhia do irmão mais moço, foi levado para Oeiras por um parente e benfeitor, Antônio Borges Leal Castello Branco, que acabara de ser nomeado juiz de direito da comarca. Mais tarde, foi levado pelo dr. Antônio Borges de Oeiras para o Recife, para que estudasse direito. Por problemas de saúde, retornou logo ao Piauí.  Em 1862, tendo enviuvado prematuramente, mudou-se de Campo Maior para Teresina. Exerceu vários cargos na administração pública: Nomeado amanuense da Secretaria de Polícia de Teresina em janeiro de 1863. Nomeado escrivão da coletoria de Teresina em 1865. Vereador em Teresina. Deputado provincial no Piauí [1866-67]. Gerente da Companhia de Navegação a Vapor. Procurador da Fazenda do Piauí. Delegado de polícia de Teresina. Teve participaçã...

A saga do Padre João Manuel de Almendra no século XIX

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Pe. João Manoel de Almendra Veio de Lisboa, Portugal, em companhia do sacristão Manoel Lopes e Ribas, para a então vila de Campo Maior no ano de 1804. Aqui permaneceu até 1827. Durante a sua permanência na vila aconteceu a Batalha do Jenipapo, ocasião em que, segundo algumas informações, desapareceram vários livros e documentos da Igreja, inclusive a escritura de doação das Casas do Patriarca São José, que haviam sido doadas por Gonçalo Barbalho Corte Real, que era natural da Bahia. Gonçalo Barbalho, por ser muito devoto de São José fez trazer da Bahia uma imagem do Santo e a conservava no oratório de sua fazenda, a Santa Rosa. Em 05 de fevereiro de 1823, para desarticular uma resistência de portugueses, Leonardo de Carvalho Castelo Branco, ao entrar em Campo Maior, faz algumas prisões. Entre elas, a do Pe. João Manoel de Almendra. A 19 do mesmo mês e ano, ocorre um tumulto popular contra o referido padre, que já se encontrava preso.  No "Almanaque do Cariri" de 1...

ANTIGOS COSTUMES DE CAMPO MAIOR. Marion Saraiva, 1968

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Das festas religiosas, as mais impressionantes eram as cerimônias da Semana Santa, que se realizavam todos os anos com grande piedade. Quase toda gente se confessava para comungar na Quinta-Feira Santa e muitas jejuavam. O "jejum" constava de tanta comida ao meio dia, quando a matraca tocava, e na consoada, quando íamos para a mesa resolvidos a dar cabo das sobras do almoço, e mais de um prato grande de arroz de leite, da tijela de qualhada, dos pratinhos de canjica, café com cuscuz, milho cozido, e de tanta gulodice que aparecia, que é impossível enumerar. Noutros lugares há o costume de dar presentes pelo tempo da Páscoa. Aqui era na Semana Santa que a gente recebia e retribuía tantas coisas gostosas de comer. Amigos traziam da roça macacheira, milho verde, abóboras, melancias, ovos e queijo frescos, que nós, os da cidade, retribuíamos com bacalhau, sardinhas e macarrão. Até as pessoas mais humildes traziam um molho de cheiro verde e pimentas. Nos "dias gra...