Nota Biográfica: Monsenhor Antônio Bezerra de Menezes
Monsenhor Antonio Bezerra de Menezes, nascido em Penha (RN), filho de Antonio Bezerra César d'Andrade. Seminarista do 3º ano de Teologia, chegou ao Piauí com 22 anos, vindo na comitiva eclesiástica do 1º Bispo, Dom Joaquim Antônio de Almeida, para integrar o reduzido clero piauiense; foi ordenado na Catedral de Teresina a 24 de junho de 1907, 2ª feira, em solene pontifical.
Sacerdote exemplar, querido e respeitado por todos os seus paroquianos de Piripiri, sua 1ª paróquia; foi diretor do jornal Piripiri (1908), órgão literário e noticioso, redigido por alunos do Instituto Arcoverde; também foi pároco de Pedro II, de Piracuruca, de Castelo e depois, de Teresina, onde residiu.
Na cidade episcopal, Dom Octaviano Pereira de Albuquerque o elegeu Conselheiro Diocesano, Pároco da Igreja São Benedito e da Matriz do Amparo (1912-1932) e depois, seu último Vigário Geral.
Certamente indicado por seu querido bispo, a Santa Sé escolheu seu nome para 1º Bispo da Diocese de Barra do São Francisco, na Bahia. Jubiloso, preparava os detalhes de sua ordenação: nomeação cancelada; (...) o ilustre vigário não chegou às horas do bispado, pois a Santa Sé tornou sem efeito sua nomeação quando descobriu que ele era filho de padre. Assim, poderia desempenhar o sacerdócio, mas estava privado de chegar ao episcopado.
Representando o nosso clero na posse de Dom Octaviano Pereira de Albuquerque, na Sé do Maranhão, recebeu sua nomeação para Governar a Diocese do Piauí, no cargo de Administrador do Bispado (1923-1924).
Preparou a chegada do nosso terceiro bispo, Dom Severino. Excelente relacionamento com seu clero. Transferido para São Paulo, onde faleceu este equilibrado sacerdote, dono de uma piedade exemplar.
Segundo o historiador Padre Cláudio Melo:
“Sacerdote bom, zeloso pela causa da Igreja, muito estimado tanto em Piripiri, sua primeira Paróquia, como em Pedro II, Castelo e Teresina, onde serviu. Como administrador da Diocese, teve muito bom relacionamento com o Clero, desempenhando o seu papel sem qualquer atrito que merecesse registro”.
Referências:
DIAS, Carlos Alberto. Na fé da minha paróquia. Altos-PI, 2009.
SANTOS NETO, Antônio Fonseca; LIBÓRIO, Paulo de Tarso Batista. Octaviano. Teresina: Nova Fronteira. 2018.